sábado, 6 de novembro de 2010

O diagnóstico

Eu senti desde o início que a condução da equipe médica do hospital era para confirmar o que para eles era “certo”: o diagnóstico da leucemia. No meu coração, a esperança que fosse qualquer outra coisa, ía se esvaindo a cada dia. Foram feitos vários exames de raio x, ultrasom e tomografia. Nada de errado. Na quinta-feira (16), fomos apresentados à Dra. Lilian Burlacchini, oncologista infantil da equipe da Clínica Onco. Ela fez uma primeira entrevista e agendou o mielograma – exame da punção da medula óssea que diagnostica a leucemia – para o dia seguinte.
Fazer o exame mexeu muito comigo. Era a primeira vez que eu teria que deixar meu filho na mão de outra pessoa. O procedimento foi feito no centro cirúrgico, com ele sedado e anestesiado. Fiquei um pouco mais tranqüila quando Tay, minha irmã e sua madrinha, pode entrar com ele já que ela é médica. Mesmo assim, foi muito difícil.
Não vou me ater muito ao fato de que o material coletado no primeiro mielograma foi contaminado, porque isso me revolta até hoje. Para termos o diagnóstico do exame confirmado foi preciso passar por esse trauma de novo e, da última vez, sem Tay.
O fato é que recebemos a confirmação que João Pedro tinha uma leucemia linfóide aguda tipo B e que já no dia seguinte começaríamos a quimioterapia. O exame de imunofenotipagem feito no Hospital Einstein, em São Paulo, também apresentou dois marcadores mielóides positivos, mas a gente volta a falar disso mais tarde.

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