sábado, 6 de novembro de 2010

A internação

Isso posto, vamos aos fatos. Dra. Jocete ainda esperou mais 24 horas para pedir a internação de João Pedro. Ela tentou reanimá-lo com mais uma dose tripla do FAO, mas não teve jeito. Na terça, dia 14/09, demos entrada na emergência do Hospital Aliança. A partir daquele momento, a constatação de que algo de muito sério estava acontecendo ficava cada vez mais evidente. A médica plantonista que o atendeu era uma hematologista e desconfiou, logo de cara, de leucemia. O hemograma de João estava muito baixo – 6,4 quando o normal é a partir de 12. Ele precisou receber uma transfusão de sangue imediatamente.
Quando eu ouvi a palavra leucemia pela primeira vez da boca da médica, meu mundo desabou. Minha mãe, que viajou comigo para Salvador, também não acreditava. Liguei para Lu (pai) por volta das 19hs que, aquela altura, estava trabalhando no interior do Maranhão e não consegui falar nada. Só pedi que ele retornasse urgente para Salvador que o caso de João era sério. Às 7 da manhã do dia seguinte ele já estava lá.
João estava muito assustado com tudo e só a minha presença lhe acalmava. Até hoje não sei de onde tirei forças para suportar aqueles 11 dias de hospital. Nesse período foram 04 acessos para ministrar medicamentos – o último deles na jugular, dezenas de furadas para colher hemogramas e uma febre que não cedia de forma nenhuma.

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