quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Que semana!

Bem, Lu já antecipou o fim da história. É verdade, o mielo deu negativo. Mas, até chegar ai, houve momentos de muito sofrimento, angústia e dor, física e emocional. Desta vez, optei por esperar o resultado final do diagnóstico para contar tudo a vocês. Achei injusto, mais uma vez, partilhar tamanha angústia e preocupá-los sem ter uma definição quanto ao diagnóstico. Sem falar que não tinha cabeça para escrever nada.
Como relatei no meu último post, João começou com febre no sábado passado. Começou a tomar o Zinat, antibiótico de amplo espectro na segunda, e, mesmo assim, a febre persistiu. Junto a isso, apareceram dores cada vez mais frequentes no ombro direito. Antecipamos nossa ida para Salvador por conta do quadro clínico.
Ainda na quinta, fizemos raio x e ultrassom do ombro e o resultado deu normal. O que estaria causando as dores ósseas? Os medicamentos que aliviavam as dores - tylenol, dipirona e ibuprofeno - eram os mesmos que mantinham sua temperatura normal. Por isso, não tínhamos como saber se a febre continuava ou não. A solução foi entrar com um opióide - da família da morfina - para aliviar a dor. O último episódio de febre aconteceu no sábado. As dores também foram diminuindo aos poucos. A última crise também foi na madrugada de sábado.
Na segunda, colhemos um novo hemograma e o os leucócitos tinham aumentado significativamente - de 2,5 para 7,6. Esse fato - apesar dos bons numeros da hemoglobina e das plaquetas - acendeu um sinal de alerta para Dra Lilian. E a conduta sugerida por ela, depois de conversar com os outros médicos da equipe, foi colher um mielograma para descartar a recidiva da doença.
Aqui vale abrir um parêntese para contar que na segunda estava sozinha com João na Onco. Lu tinha viajado no dia anterior com o coração já apertado porque sabia da possibillidade de uma recidiva. Eu também sabia disso, mas pela melhora visível de João, não esperava essa conduta.
Bom, do anúncio da necessidade de colher novo mielograma para o exame de fato foram questões de minutos. Dr. José Henrique foi super hábil e fez o procedimento com muito carinho. O mielograma é um exame onde se colhe material do osso da bacia. João tomou o Dormonid, aquela medicação que faz com que ele esqueça do que aconteceu, além de xilocaína no local da punção. Foi muito difícil.
Mas difícil que isso foi tentar manter a calma e não demonstrar o desespero que estava sentindo. Minha mãe estava em casa já "acabada" com a situação, Lu longe querendo saber notícias, amigos e parentes próximos ansiosos.
Esperar o resultado foi outro sofrimento. Acho que foi o dia mais difícil da minha vida. Só de pensar na possibilidade de ter de começar o tratamento todo de novo era insuportável. João Pedro, alheio a tudo isso, estava bem, brincando e sem dores.
Para não me estender muito, volto em outro post ainda essa semana. Quero dividir algumas angústias com vocês. Permaneçam em oração por Janjão e obrigada por tudo.

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